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Entenda como organizar suas finanças para abrir uma empresa

Se você deseja abrir uma empresa, com certeza já sabe que para dar o pontapé inicial precisa de um investimento. Para juntar a quantia necessária, nada melhor do que organizar suas finanças e criar um bom planejamento, concorda?


O controle financeiro é essencial para que seu negócio saia do papel em um ambiente com saúde financeira e sem comprometer a sua estabilidade. Para isso, é preciso ser estratégico ao usar o dinheiro.

Equilibrar gastos para comprar produtos e ferramentas, contratar pessoas, ter caixa disponível até que a empresa dê lucro e também para arcar com os custos burocráticos da abertura: nessa primeira etapa, não há como fugir desses desafios.

Pense que os valores vão sair do seu bolso e dos demais sócios. Então o melhor jeito para evitar prejuízos e ter sucesso na abertura do seu negócio é conhecendo formas práticas de organizar as finanças.

Que tal entender mais sobre quanto custa abrir uma empresa e como controlar bem os gastos? Este é o assunto que vamos apresentar para você a partir de agora, continue a leitura!

Quanto custa abrir uma empresa?

O custo inicial relacionado à parte burocrática para abrir um negócio no Brasil fica entre R$ 300,00 e R$ 1.700,00 e varia conforme o tipo de empresa.

Confira na tabela abaixo de uma estimativa desses valores:


Microempreendedor Individual (MEI)

Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP)

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), Empresário Individual (EI) ou um regime de Sociedade

​Em várias cidades, quem é MEI não paga para registrar o CNPJ. Mensalmente, é necessário arcar com uma taxa que corresponde a 5% do salário mínimo.

Além do registro do CNPJ, é preciso pagar o alvará de funcionamento, que varia entre R$ 1.000,00 e R$ 1.200,00.

As taxas variam de acordo com a tabela de valores da Junta Comercial de cada cidade. O investimento pode ir de R$ 50,00 até R$ 800,00.

O regime tributário, que define os impostos a serem cobrados da empresa, também influencia nos custos de abertura. Por isso, é importante conhecer como funcionam os regimes, especialmente o mais utilizado por pequenas empresas, o Simples Nacional.

Além dos custos, também é preciso considerar:

  • A emissão de um Certificado digital, para dar mais segurança aos processos feitos online, como a emissão de notas fiscais;

  • O investimento inicial, como a compra de matérias-primas, mercadorias, aluguel e contratação de funcionários;

  • Salários dos seus colaboradores e despesas como benefícios oferecidos, como vale-transporte e alimentação;

  • Registro de marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) que, somando todas as taxas, pode chegar a quase R$ 2.000,00;

  • Reserva financeira para imprevistos e também para manter a empresa financeiramente saudável nos meses iniciais.

Em algumas cidades, é preciso ir em vários órgãos públicos até finalizar o processo de abertura da empresa. Para resolver essa burocracia, o Governo Federal lançou o Balcão Único, sistema que simplifica o processo e, a partir de janeiro de 2022, começou a valer em 11 estados.

Bom, não é devido a todos esses custos que você vai abandonar o sonho de ter o próprio negócio, concorda? Até porque ter uma empresa legalizada, com CNPJ e todas as taxas em dia é fundamental para conseguir empréstimos e financiamentos.

Mesmo que seja um esforço financeiro maior, é melhor começar sua empresa com regularidade do que ficar à mercê da sorte e sofrer com consequências negativas no futuro, como multas e até a suspensão das atividades.

Recomendamos também que você sempre procure um contador caso tenha dúvidas sobre o processo de abertura de uma empresa.


Quero abrir uma empresa. Como organizar minhas finanças?

Defina o investimento necessário

Para definir o investimento inicial para abrir a sua empresa, você precisa conhecer bem o ramo de atuação e o público-alvo, bem como determinar qual será o modelo de negócio na área escolhida.

Para abrir uma loja física de roupas, por exemplo, você precisa alugar ou construir um espaço e contratar funcionários para atendimento e caixa.

Já na venda online, esses custos podem ser reduzidos. Não se gasta tanto em infraestrutura, mas é preciso investir em um sistema de pagamento, no estoque de produtos e nas plataformas de e-commerce.

Então, comece listando todos os gastos com clareza. Com isso, você tira a empresa do papel sem erros e nem aperto na conta bancária.


Elimine os gastos supérfluos

Se você deseja juntar dinheiro para abrir a sua empresa, é necessário reduzir despesas que não são consideradas essenciais.

Lembre-se que será preciso economizar no dia a dia para ter caixa para abertura, portanto, é hora de ser crítico com gastos na sua vida pessoal, como delivery e compras supérfluas.

Tudo isso resulta em uma rotina com menos gastos, impactando diretamente na reserva que você deve montar para abrir seu negócio.


Comece poupando o quanto pode

Juntar dinheiro é um desafio para muita gente. Para você ter uma ideia, 7 em cada 10 brasileiros ainda não têm esse hábito, conforme levantamento divulgado no portal Valor Investe.

Diferente do que muitos pensam, não é preciso ganhar muito dinheiro para começar a poupar. Você pode fazer isso a partir de agora, juntando o que puder no momento.

Mesmo que seja pouco, ainda é melhor que nada, não é mesmo?


Cuidado com o cartão de crédito

O cartão é uma verdadeira mão na roda quando precisamos adquirir um produto e não temos o dinheiro suficiente para comprar à vista ou quando imprevistos acontecem. Mas é importante que você não vire refém dele e saiba como usá-lo, caso contrário, sua reserva financeira pode ficar comprometida.

De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgada na CNN Brasil, o endividamento bateu número recorde em 2021 e os cartões são motivo de dívidas para mais de 82,6% das famílias consultadas.

Isso porque os juros do cartão de crédito são altos, então, nunca é bom ficar com faturas em aberto e nem ultrapassar seu teto de gastos. Veja o que você deve evitar ao usar o cartão:

  • Pagar apenas o valor mínimo ou parcelar a fatura;

  • Parcelar compras recorrentes, como as de supermercado;

  • Fazer muitas compras parceladas no mesmo mês, com prestações pequenas.

Tenha atenção também às taxas de anuidade e manutenção do cartão!


Acompanhe suas receitas e despesas

Você sabe realmente quais são suas despesas fixas? E suas receitas?

É essencial ter clareza sobre todos os gastos e sua situação financeira. Você deve começar listando todos os valores que recebe e tudo que gasta mensalmente. Desde a conta de água até os gastos supérfluos, considere tudo.

Depois faça o acompanhamento constante da sua vida financeira. Existem, inclusive, alguns aplicativos que podem te ajudar nesse controle.


Tenha outras fontes de renda

Ter um extra pode ajudar no pagamento das suas contas ou então no pé de meia para abrir a empresa. Algumas alternativas são:

  • Procurar um trabalho freelancer na área que você atua, para fazer aos finais de semana;

  • Se você gosta de cozinhar, também pode optar por vender algum tipo de comida;

  • Montar um brechó online, no Instagram, com as roupas e até objetos que você não usa mais;

  • Investir na revenda de produtos;

  • Caso tenha algum cômodo na sua casa sobrando, pode alugá-lo para viajantes;

  • Trabalhar com transporte por aplicativo.

Esteja preparado para imprevistos

Não temos controle do que pode acontecer em nossas vidas, certo? A qualquer momento, podemos ter despesas médicas, um problema no carro ou um celular quebrado, por exemplo.

Para lidar com situações como essas, também separe um valor extra, a chamada reserva de emergência. Assim você evita usar o cartão de crédito ou cheque especial para cobrir os gastos desses imprevistos.


Fonte: Conta Azul.

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